Nostalgia? Talvez…
Mas acho que não devemos esperar o fim, pra nos darmos conta do final. Esse poema me acordou hoje de manhã. Foi estranho, pois eu tinha a impressão de estar lendo, ou ouvindo…
Não lembrava do nome, sabia ser do Mário Quintana… Vai aí:
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns dos deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana ( In: Esconderijo do tempo)
Ainda não sei se assimilo esse poema, mas tento… Tento desde o dia que ouvi, sendo declamado por Ideli Diefenbach, grande professora de português que tive. Isso me faz também lembrar dela que tão cedo se foi, de forma rápida e inexplicável – Quintana tem toda a razão.
Amigos, desculpa o tom Ana Maria Braga (acooooooooooooooooorda menina), mas precisava escrever…
Só pra constar, perceberam a mensagem apocalíptica do título?
Abraço,
Hugo.
P.S.: Faltam dois pros trinta!